Neoliberalismo é crise, miséria e violência
O conceito de neoliberalismo iniciou-se após a II Guerra Mundial e teve como
principal base teórica o livro “A caminho da Servidão”, de Friedrich Hayek,
escrito em 1944. O que se destaca de fundamental na teoria do conhecimento de
Hayek é o seu ataque à racionalidade econômica, em que prima a individualidade
ou das pessoas ou das empresas. Margareth Thatcher e o republicano Ronald Reagan
inauguram a onda global baseada nas teorias econômicas e sociais de Friederich
A. Hayek e Milton Friedman. As ideias por eles preconizadas defendiam o extremo
laisses-faire. Ou seja, o completo afastamento do Estado da esfera econômica e,
também, da assistência social. O Estado deveria preocupar-se apenas em garantir
o direito de propriedade. A década de 1990 foi aberta com o colapso da União
Soviética e a queda do muro de Berlim. O filósofo e economista Francis Fukuyama
apressadamente decretou, tentando imitar Hegel, que era “O fim da história e o
último homem”. Na verdade, ele queria dizer que o fim socialismo real seria o
“fim da história”. Na verdade, ele queria convencer que a busca por modelos
alternativos de sociedade havia encontrado o fim. Diga-se socialismo. Só o
capitalismo e democracia ocidental somadas à economia de mercado eram agora as
únicas alternativas. A década de 1990 também ficou marcada por diversos
conflitos, como a Guerra do Golfo Pérsico, Guerra da Bósnia, Batalha de
Mogadíscio, o genocídio em Ruanda por conta de conflitos étnicos, e em 1999 tem
início a Guerra do Kosovo no leste europeu. No Brasil, Fernando Collor de Mello
confiscava poupanças. Falava em privatizações e enxugamento do Estado. O país
mergulhou numa crise sem precedentes depois de mais de vinte anos de ditadura
fascista. Mas, é preciso compreender as décadas anteriores para compreender os
anos 1990. A década anterior tem um nome: neoliberalismo. Vale lembrar que a
crise internacional do petróleo de 1973 teve severas repercussões na estrutura
política que havia se formado no Pós-Guerra no mundo. Saía de cena o Estado de
Bem-Estar e começa a era do Estado Mínimo. Alegando os efeitos negativos das
políticas de assistência social, como a elevação do déficit público e as
elevadas taxas de inflação não melhoraram os níveis de emprego, os economistas
neoliberais passaram a defender o afastamento do Estado da gestão da política
econômica, preconizando a desregulamentação dos mercados, a privatização de
empresas públicas e a diminuição dos gastos sociais. Margareth Thatcher e o
republicano Ronald Reagan inauguram uma nova onda global baseada nas teorias
econômicas e sociais de Friederich A. Hayek e Milton Friedman. As ideias por
eles preconizadas defendiam o extremo laisses-faire. Ou seja, o completo
afastamento do Estado da esfera econômica e também da assistência social. O
Estado deveria preocupar-se apenas em garantir o direito de propriedade. O que
se seguiu à onda neoliberal nos países da América Latina foi uma onda de
miséria, desemprego e violência. Só nos anos 2000 foram recuperadas as economias
locais, incluindo o Brasil. O neoliberalismo deixou um rastro de miséria e nos
anos 2021 ele volta como uma pandemia desumana. É preciso enfrentar e derrotar a
desumanização provocada pelo capital. Professor Alexandre Machado Rosa
Talvez a arte seja, de fato, a maior forma de aprendermos sobre a ideia de ser humano. A ideia de ser histórico, ser social que produz e se reproduz pode ser idealizada como síntese nesta foto. Linda Ramalho, filha de Zé Ramalho, Chico Eller, filho de Cássia Eller, e Vivi Seixas, filha de Raul Seixas. A magia da vida está naquilo que nos parece óbvio!
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