Rio de Janeiro o portal da ilusão
A cidade do Rio de Janeiro foi durante muito tempo conhecida como a cidade da morte. Seu Porto era inevitavelmente a porta de entrada de mercadorias, mercadores, imigrantes e de doenças. As doenças tanto chegavam quanto saiam para outros países. Por essa generosidade era chamada de "A cidade da morte". Mas vieram os bacharéis. Primeiro o médico Barata Ribeiro e sua obcessao por limpeza e higiene. Depois, Pereira Passos e com ele a limpeza social dos pobres. Eles imaginavam criar uma espécie de Mônaco dos trópicos. Perturbados com a alcunha de Cidade de morte, logo espalharam a nova ideia de Cidade Maravilhosa. Em 1918 foram 16 mil mortes pela H1N1, a gripe espanhola. E em 2020, o Rio foi a primeira cidade a acabar com a Covid19. Não de fato, mas por ilusão. Rio de Janeiro é o portal do Brasil sem violência a cidade abençoada por Deus!
Professor Alexandre Machado Rosa
Clóvis Moura: um intelectual negro desvendando o Brasil No final dos anos 1980, eu, um secundarista, vice presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de São Paulo, conheci Clóvis Moura no extinto programa Matéria Prima, que era transmitido pela Rádio Cultura de São Paulo. O programa tinha Serginho Groisman como apresentador. Ele tinha boa fama junto ao movimento estudantil, pois havia estudado no Colégio Equipe, que tinha uma tradição democrática durante a ditadura militar. Não havia ainda o "mês de novembro" como centro das reflexões sobre a "consciência negra". Mas Clovis Moura , fiquei sabendo no dia, já era um intelectual importante para o movimento negro. Foi ele que me ensinou o que estava por trás do inocente adjetivo mulato , uma desumanização dos filhos de brancos com negros, muitas vezes fruto de violências e estupros. Mulato é a aproximação animalesca dada pelos portugueses, a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua. Q...
Comentários