Quem cuida de Quem?
Os velhos dilemas existenciais do tipo vida x morte, amor x ódio, capital x trabalho, sempre expuseram obviedades. Obviedades para quem se preocupa com coisas que parecem óbvias. A única forma de esconder tais obviedades é fazer uma total abstração da realidade e constituir, assim, uma forma de pensamento puramente abstrata. Parece simples, mas não é. A pandemia de covid nos trouxe o primeiro dilema: vida X morte.
Não gosto muito do pensamento binário que o positivismo cartesiano nos treinou para analisar a vida. Prefiro a dialética em espiral. Mas entre a vida e a morte não há como escapar. O capitalismo pra se afirmar precisa desumanizar as relações sociais. Logo, ao descartar a vida não se importa com a morte. O amor, não o amor erótico, o amor como sentimento utópico, tem sido o grande defensor da vida, logo o ódio fica implícito àqueles que acham a vida descartável.
A pandemia expôs a terceira dicotomia: capital X trabalho. Todos que saíram em defesa do capital durante a pandemia não tiveram nenhum temor em minimizar as mortes incluindo discursos de ódio contra pobres e velhos. Lembro do dono do madero falando "O que são 30 ou 40 mil mortes diante do colapso do capital?
A pergunta portanto que temos que responder é: quem cuida de Quem? Acrescento outra: para que serve o Estado?
Ficam as dicas.
Professor Alexandre Machado Rosa
Talvez a arte seja, de fato, a maior forma de aprendermos sobre a ideia de ser humano. A ideia de ser histórico, ser social que produz e se reproduz pode ser idealizada como síntese nesta foto. Linda Ramalho, filha de Zé Ramalho, Chico Eller, filho de Cássia Eller, e Vivi Seixas, filha de Raul Seixas. A magia da vida está naquilo que nos parece óbvio!
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