O dinheiro é meu Deus e nada me faltará
Desde os primórdios, a humanidade faz as seguintes indagações: de onde venho? Quem sou Eu? Pra onde iremos? Como surgiu tudo?
Tais perguntas deram origem à filosofia. Uma das respostas para tudo é a de que há um ser absoluto por trás de tudo: Deus.
Mas que é Deus? Feuerbach talvez tenha dado a resposta mais racional: "O pensamento é o produto da natureza e a religião é o reflexo fantástico da natureza humana: “Em teu Deus, tu reconheces o homem, e, no homem, tu reconheces também o teu Deus; as duas coisas são idênticas ’. Ou seja, Deus é a projeção da perfeição. Um Deus puro, a expressão do bem, do bom e do belo. Seria este o ideal de Deus. Logo, se Deus é a projeção de cada um, o Deus de Bolsonaro anda armado, é mentiroso e adora a morte mais que a vida. Com o surgimento da igreja, uma espécie de agência entre os homens e Deus, na qual era preciso a permissão dos sacerdotes para falar com o meu Deus. Logo surgiu o protesto. E Lutero conclamou todos a falarem com Deus sem intermediários. Nasceu o protestantismo.
Na atualidade, nasceu o neopentecostalismo. O Deus que eles cultuam é o dinheiro. Praticam o medo e pregam a ignorância. São mais materialistas que o materialismo. O Deus que eles projetam é o Deus que brota de dentro deles. Edir Macedo é um sujeito mau. O Deus que ele venera é o dinheiro e projeta isto em todos que dele se aproximam. Cuidado. Qual o Deus que habita você?
Professor Alexandre Machado Rosa
Clóvis Moura: um intelectual negro desvendando o Brasil No final dos anos 1980, eu, um secundarista, vice presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de São Paulo, conheci Clóvis Moura no extinto programa Matéria Prima, que era transmitido pela Rádio Cultura de São Paulo. O programa tinha Serginho Groisman como apresentador. Ele tinha boa fama junto ao movimento estudantil, pois havia estudado no Colégio Equipe, que tinha uma tradição democrática durante a ditadura militar. Não havia ainda o "mês de novembro" como centro das reflexões sobre a "consciência negra". Mas Clovis Moura , fiquei sabendo no dia, já era um intelectual importante para o movimento negro. Foi ele que me ensinou o que estava por trás do inocente adjetivo mulato , uma desumanização dos filhos de brancos com negros, muitas vezes fruto de violências e estupros. Mulato é a aproximação animalesca dada pelos portugueses, a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua. Q...
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