Brasil potência x Brasil da família
Aristóteles é considerado um pensador importante na história da filosofia. Entre as questões que ele refletiu está a problemática do movimento. O problema do movimento surge em Heráclito e Parmênides. O primeiro defende a transitoriedade e a mudança constante de todas as coisas. Já o segundo afirma a completa imobilidade e
imutabilidade do ser. Mas ambos, Heráclito e Parmênides, fundamentam suas teorias com argumentos válidos: nossas experiências no mundo nos mostram claramente que as coisas mudam no decorrer do tempo. Heráclito afirma que não podemos nos banhar duas vezes num mesmo rio. Parmênides rebate dizendo que nossa própria razão nos obriga a admitir que o ser existe e é imutável. Para ele, o que muda não é, e se não é, não existe, portanto, o ser é imóvel. Como essas posições são contraditórias nos deparamos com uma difícil questão: como os entes podem mudar e ao mesmo tempo ser?
O Brasil é promessa de potência. Mas o que é o Brasil? Temos potência para enfrentar epidemias e pandemias. Mas o atual governo afirma que o país é potência e portanto não precisamos fazer nada. Imobilismo. Inércia. Paralisação. Este é nosso atual cenário. MEC paralisado. Ministério da Saúde inerte. Economia estagnada. Desemprego em massa. Corona vírus deitando e rolando. Nosso dilema é Movimento X Inércia. Precisamos fazer a potência superar a inércia. Nietzsche tomando o conceito de Schopenhauer, diz que a vontade é cega e insaciável, uma força que estaria para além dos nossos sentidos. Façamos da vontade nossa potência de um Brasil vivo e grande.
Professor Alexandre Machado Rosa
Clóvis Moura: um intelectual negro desvendando o Brasil No final dos anos 1980, eu, um secundarista, vice presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de São Paulo, conheci Clóvis Moura no extinto programa Matéria Prima, que era transmitido pela Rádio Cultura de São Paulo. O programa tinha Serginho Groisman como apresentador. Ele tinha boa fama junto ao movimento estudantil, pois havia estudado no Colégio Equipe, que tinha uma tradição democrática durante a ditadura militar. Não havia ainda o "mês de novembro" como centro das reflexões sobre a "consciência negra". Mas Clovis Moura , fiquei sabendo no dia, já era um intelectual importante para o movimento negro. Foi ele que me ensinou o que estava por trás do inocente adjetivo mulato , uma desumanização dos filhos de brancos com negros, muitas vezes fruto de violências e estupros. Mulato é a aproximação animalesca dada pelos portugueses, a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua. Q...
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