Brasil como protetorado americano
O patriotismo verborrágico anda em moda pelo Planalto Central há quase dois anos. A noção de patriotismo se apoia na defesa da cultura, das riquezas materiais e imateriais; das cores, do hino e da União entre seu povo. Por estes critérios já dá pra ver de cara que patriotismo não é bem o adjetivo adequado para os inquilinos do Palácio do Planalto.
Vamos tentar o nacionalismo, então.
George Orwell, o mesmo da revolução dos bichos, diz que "o propósito permanente de qualquer nacionalista é garantir mais poder e mais prestígio não para si próprio, mas para a nação ou unidade em nome da qual escolheu anular a sua individualidade”. Bem, pela descrição, novamente os locatários do Palácio do Planalto não encaixam. Anular individualidades? O atual presidente é egocêntrico, egoísta e não demonstra nenhuma empatia pelo povo. Talvez por grilheiros, empresários sonegadores, banqueiros e pelos fascismos neopentecostais.
Então o que eles seriam?
O nazismo é o exemplo máximo de uma das mais emblemáticas características do nacionalismo verborrágico: a anulação das diferenças. Neste caso, vale o uso da força física para exterminar algumas parcelas da população (judeus, ciganos e homossexuais) e forjar uma nação “sem diferenças”. Pode também ocorrer uma tentativa de apagamento da história, afirmando que todos – negros, indígenas, LGBTs, entre outros segmentos sociais, vêm do mesmo lugar e, portanto, estão em condições de igualdade. Cria-se uma falsa ideia de união para evitar reconhecer as diferenças ou a diversidade. Para Bolsonaro, não seria nada mal que o Brasil fosse um protetorado norte-americano. A exemplo de Porto Rico. Uma extensão da bandeira dos EUA. Portanto, nacionalista e patriota ele nunca foi. É um baba ovo dos EUA.
Professor Alexandre Machado Rosa
Talvez a arte seja, de fato, a maior forma de aprendermos sobre a ideia de ser humano. A ideia de ser histórico, ser social que produz e se reproduz pode ser idealizada como síntese nesta foto. Linda Ramalho, filha de Zé Ramalho, Chico Eller, filho de Cássia Eller, e Vivi Seixas, filha de Raul Seixas. A magia da vida está naquilo que nos parece óbvio!
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