A meritocracia e a retórica vazia Ao propor a reforma administrativa, o governo bolsonaro tem utilizado o termo meritocracia como um bordão de forma repetida. Pois bem. A primeira pergunta é: como alguém que pretendeu nomear o filho para embaixador nos EUA tendo como principal mérito ter fritado hambúrgueres pode falar em mérito? O que mais se percebe das manifestações acerca da meritocracia é que há uma enorme confusão entre meritocracia, regimes e sistemas de governo e corrupção. Bolsonaro nomeia uma junta militar para o ministério da saúde em plena pandemia e quer falar em mérito? Os mesmos militares nomeiam filhos e parentes. Uma prática comum no atual governo. A deputada Carla Zambelli, apoiadora do atual governo, se assim posso chamar, teve que atender a juíza Noemi Martins de Oliveira, da 5ª Vara Cível Federal de São Paulo,  assim como o comandante do Exército, general Edson Pujol, para explicar a permissão para que o filho da parlamentar fosse matriculado no Colégio Militar de Brasília sem que tivesse prestado concurso público. O ex ministro da educação, se assim posso chamá-lo, cometeu crimes em série à frente do MEC. Deveria ter sido preso. Fugiu do Brasil é recebeu um cargo no Banco Mundial. Qual o mérito que Ricardo Salles tem para estar à frente do ministério do meio ambiente?  Paulo Guedes, que fraudou fundos de pensão públicos e ajudou a falir um banco fala em mérito como se soubesse o que é tendo um passado de fracasso profissional e incompetência. Meritocracia pressupõe igualdade de condições. Mérito remete ao reconhecimento pelo esforço individual não a privilégios de quem massacra pretos, pobres, mulheres, índios, transexuais, homossexuais e a democracia. Chega de tanta hipocrisia retórica. Professor Alexandre Machado Rosa

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