Algumas raízes do racismo como ideologia dominante
Em 2001, ocorreu a Conferência de Durban. Esta foi a terceira conferência mundial contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e formas correlatas de intolerância. Foi promovida pela ONU. Ela ocorreu num contexto mundial. Durban 2001 tratou de um amplo leque de temas, mas com foco em avaliar os avanços da luta contra o racismo, a discriminação racial e outras formas similares de discriminação. Três dias após a conferência, ocorreram os ataques de 11 de setembro. As conclusões da conferência já não interessavam para as mídias ao redor do Planeta. Como consequência, a segunda conferência da ONU contra racismo, na cidade de Durban, em 2009, foi boicotada por dez países ocidentais, entre os quais EUA, Israel, Canadá, Austrália e Holanda. O presidente de Irã foi convidado para discursar na conferência. A maioria dos delegados abandonaram o salão. Por que razões o racismo é um tema que causa tanto incômodo, dor, cinismo, ódio, intolerância etc etc. Na versão em português do livro História Geral da África, editado pela UNESCO em portugês do Brasil, há uma citação que traz os estudos de Aristóteles (384-322). Todos sabem que Aristóteles foi, acima de tudo, um cientista. Para nós, acima de tudo, filósofo. Ele foi o tutor de Alexandre, o Grande. Num de seus trabalhos menores, conforme se refere o autor da citação, Aristóteles tenta, com surpreendente ingenuidade, estabelecer uma correlação entre a natureza física e a natureza moral dos seres vivos, e nos fornece evidências sobre a raça egípcio-etíope que confirmam o testemunho. Segundo Aristóteles, “Aqueles que são muito negros são covardes, como, por exemplo, os egípcios e os etíopes. Mas os excessivamente brancos também são covardes, como podemos ver pelo exemplo das mulheres; a coloração da coragem está entre o negro e o branco”. O racismo é algo que precisa ser debatido de forma intensa e extensa.

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