A dependência do medo e a independência que nunca veio Brasil. 7 de setembro. Independência. Como um país que sempre foi refém do medo pode ser independente? Não há na história das colonizações romantismo. Há violência, ganância e medo. O Brasil não é diferente. As grandes rupturas históricas tiveram a participação do povo, provocaram muita violência e derramaram muito sangue. Foi assim no EUA quando houve a guerra de independência e depois a guerra civil. Foi assim no Haiti. Foi assim na Inglaterra. Foi assim na França. Foi assim nas colônias espanholas comandadas por Simon Bolivar. As oligarquias brasileiras são fruto da escravidão e da colonização. Mas nunca se separaram desta história. Sempre usaram a violência contra o povo com medo de que o Haiti se reproduzisse aqui. Da colônia herdaram uma espécie de lojinha. Continuam administrando a lojinha que continua a vender os produtos que herdaram dos portugueses. Do aparato criado para impedir que o medo se concretizasse nasceram os capitães do mato, o pelourinho, a tortura e a casa grande. Das moendas de cana de açúcar, nasceu a mania de moer carne. As elites que brotaram da escravidão vivem até os dias atuais envoltas no medo de perderem a lojinha. Dos portugueses herdaram o espírito de mercadores. Vendem o que podem. Principalmente a ilusão e o medo. Dos capitães do mato, organizaram uma tropa militarizada e deram o nome de PM. Tarefa: dar segurança ao medo de que o povo transformasse o Brasil num Haiti. O Haiti não é aqui. Infelizmente, a independência era para que a lojinha ficasse aqui. Ainda aguardamos que o povo de um grito, que pode ser em qualquer bairro, pode ser no Capão Redondo: independência ou morte! Professor Alexandre Machado Rosa

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